A poesia do cotidiano



Barulho da chuva na telha. Cheiro de café sendo passado.  Cochilo na rede. Brisa do mar. Céu estrelado. Domingo de sol. Livro novo. 


Encanto da nova amizade. O descanso da antiga. Amor de tia. Colo de mãe. Segurança de Pai.  Casa de vó. 


Projeto novo. Trabalho a empreitar. Construir algo. Um desafio para enfrentar. 


Deus perpassa sorrindo nas linhas e entrelinhas do cotidiano.  Poeta das vivências mais corriqueiras, de tudo faz rima, de tudo tira um bem. Beleza da simplicidade na qual se revela, só um desatento diria que Ele está a se esconder.  Tanta riqueza em tanto lugar. Tanto Deus para contemplar!


E quando as linhas se entortam e se emaranham em dor, assombra a precisão de sua escrita firme, que tudo ajusta e conserta; com a onisciência de quem tem sempre a palavra final.


Que os versos da rotina nos façam ver as marcas do Eterno, no dia a dia de quem só tem o hoje para viver.  





 

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