COMPAIXÃO


“Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes.” Mt 14,13-14.

Compaixão, segundo o Aurélio, “é pesar que em nós desperta a dor”.
De acordo com a Wikipédia, “compaixão (do latim compassione) pode ser descrito como uma compreensão do estado emocional de outrem (...). A compaixão freqüentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem. A compaixão é frequentemente caracterizada através de ações, na qual uma pessoa agindo com espírito de compaixão busca ajudar aqueles pelos quais se compadece.”

Segundo o Cristo, ter compaixão é ter as entranhas contorcidas, é amar tanto, é compadecer-se tanto, a ponto de entregar sua própria vida para curar a ferida de toda a humanidade.

E se o coração de Cristo “encheu-se de compaixão” pelo homem daquela época, imaginemos como está o coração de Cristo com relação ao homem de hoje. Porque a dor do homem, na maioria das vezes, conseqüência do pecado, parece ter aumentado de uma forma tão grande e tão constante, que a cada instante, um coração sensível ao outro tem do que se compadecer.

É filho matando pai, é irmão matando irmão, é mãe matando filho, é criança atirando em criança, é policial sendo “bandido”, é “bandido” sem punição. É família destroçada, é individualismo e solidão, é depressão... É suicídio, é droga, é alcoolismo. É gente, muita gente, sem direção. É cada um seguindo sua lei, o certo é relativo e quase nada é errado. É gente mutilada no corpo, e pior, é gente ferida na alma.

E se nosso coração está unido ao de Cristo, automaticamente, também se compadece. Jesus, no Evangelho, tinha acabado de saber da morte do seu primo. Estava sofrendo. Mas a sua dor, de forma alguma, cegou seus olhos e seu coração à dor da multidão que o esperava. Muitas vezes, a nossa dor se torna desculpa para não sofrermos a dor do outro com ele.

Mas esse milênio, já dizia João Paulo II, será evangelizado pela misericórdia. E também pela compaixão. Que a frieza do cotidiano e da correria de cada dia, jamais faça nosso coração se distanciar da dor do outro, afinal, uma multidão também nos espera.

Para finalizar, Madre Teresa de Calcutá nos incentiva: "A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.”

Comentários

  1. Obrigada Denise pela publicação de verdades. Repassarei...
    Beijo no coração
    Alexandra

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