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A Barca é Presépio

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  Diferente. Um natal diferente, análogo a um ano que nunca imaginaríamos viver. Se começamos sendo lançados ao mar bravio, é fato que, para a maioria, o porto ainda não foi avistado.  A tempestade que, ao entardecer, “desmascarou a nossa vulnerabilidade”, nos deixando “frágeis e desorientados”, nos trouxe assim a um outro tempo, nos trouxe aos pés do Senhor que também dorme, mas dorme como um pequeno e manso menino.  A voz que acalmou o mar e cessou o vento, agora chora.   O choro de um amor encarnado que se une a nossa humanidade de maneira plena, assumindo também o nosso pranto.   Lágrimas de um Deus que ama, que se importa, que docemente se abaixa, para nos encontrar em nossa fragilidade.   Nossa fragilidade que foi involuntária e bruscamente exposta, desnudada pela dor; enquanto a Dele foi assumida de maneira voluntária, para nos salvar da morte. É também em um entardecer que Ele chega, na verdade, em uma noite.   Lugar propício para a ação de Deus. Lugar onde a esperança é gestad