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Mostrando postagens de março, 2020

Acorda-nos, Senhor!

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Jesus, Tu estás conosco no barco. Mas a nossa fé, frágil e assustada, nos impele a querer te acordar. Não sabemos lidar com tempestades e esperas. Tu domes, Senhor, mas somos nós que precisamos despertar do nosso medo.   Acorda-nos, Senhor! Acorda-nos para a esperança!   Pois quanto mais escura a noite, mais próximo está o dia. E sempre existe um dia seguinte para quem confia mais um pouco. Desperta nosso coração cansado, para a espera de quem sabe que basta uma Palavra Tua e vem a calmaria. Relembra-nos quem é a nossa calmaria, Senhor. Tira-nos do sono do pavor, que paralisa o nosso coração e que consome as nossas forças. Desperta-nos para a fé, que navega pelos mares e ultrapassa as ondas gigantes, enxergando o porto que ainda não se pode ver. Aquieta-nos com o silencio da Tua Presença, que é maior do que o barulho do oceano bravio que existe em nós.  Desperta-nos do sono da solidão, que nos lança no egoísmo profundo, fazendo com que nos preocupemos somen

Hoje eu acordei, beijei meu Tau...em tempos de pandemia!

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Hoje eu acordei, beijei meu Tau, agradeci a Deus por sua eleição por mim e fui em missão.   Em tempos de pandemia, missão de ser luz no mundo e sal na terra, mesmo sem sair de casa. Porque a paz, nunca foi a ausência de guerra e, estar no mundo, pertencendo ao céu, é também viver as pequenas e grandes ofertas do dia a dia, sejam elas quais forem, no ordinário e no extraordinário de cada tempo, sem perder o alvo que é santidade, “não por presunção, mas por vocação”.   Por isso, missão hoje é não perder o ritmo da vida de oração, não parar nunca de rezar para não deixar ser invadido pela tribulação e pelo caos no coração. Missão hoje é ser incansável na intercessão, pedindo a Deus uma intervenção, acreditando que Ele está conosco na barca. Missão hoje é servir sempre e como puder, servindo aos de casa, faxinando, cozinhando e, como Santa Teresa, a nossa baluarte na vocação, encontrar a Deus “até em meio as panelas”. Missão hoje é cuidar dos pais, dos filhos, dos avós; num

Tudo começa no deserto.

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Tudo começa no deserto: a obra nova, as quaresmas e as quarentenas dessa vida.   De repente acaba a água. “Ah, se fosse só isso!”; diria o outro que sente a falta de tudo aquilo que nem sabia que tinha. É uma dura dor da ausência, que parece exaurir as forças da alma. É a dor da solidão, do tempo que não passa, das saudades que se somam, das incertezas e do aparente ócio. É olhar para o horizonte e não conseguir mais vê-lo. Parece a narrativa do fim e não de um começo. O que tem no deserto além do medo?  Quando estiver muito difícil, lembra que é do deserto que vem a promessa da via que é aberta e da obra nova que surge. É de lá que correrão arroios, que brotará água, que haverá um povo novo.  Quando parecer longo demais o caminho, não esquece que o deserto é o lugar do impossível, do improvável e do inesperado. É o lugar onde Deus fala ao coração. Escuta. Algo muito importante Ele precisa dizer. Recomeça. Ninguém sabe ao certo como se entra